Não somos contrários ao desenvolvimento humano por meio da tecnologia; muito pelo contrário, sabemos da facilidade que ela nos proporciona atualmente. Por outro lado, devemos considerar que, ao falarmos em desenvolvimento natural, hoje as pessoas estão cada vez mais reféns do modelo de aprendizado tecnológico. Não que esse modelo não seja funcional, mas até que ponto estamos perdendo nossa real essência de aprendizado, que é baseada na troca, no afeto e, especialmente, no aprendizado vivencial?

Ao mesmo tempo em que nos mantemos conectados, também nos distanciamos — um paradoxo, porém real. Bombardeados por informações, na frenética busca pelo conhecimento superficial, somos abastecidos com inúmeras “receitas de bolo” prontas, mas não conseguimos sequer preparar a massa em caso de uma eventual necessidade.

A musculatura, essencial para o desenvolvimento, dia após dia, é substituída por “facilidades” que não nos ajudam a criar esses músculos. O resultado é uma ausência crítica de motivação, clareza de objetivos, metas confusas e, acima de tudo, insegurança, seja na tomada de decisões, na continuidade de um processo de crescimento pessoal e empresarial, ou até mesmo em relação às pessoas.

Acreditamos que, a partir do momento em que o olhar de uma pessoa se volta para dentro de si, e que as empresas olham para as pessoas como agentes de mudança e crescimento, a sinergia entre missão, visão e valores de ambos é trazida à superfície para ser trabalhada de forma síncrona e com o mesmo objetivo.